"Se Gandhi tivesse nascido no século XXI, certamente já estaria morto de tanto jejuar em manifestação contra o homem"

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Três indignações de um jovem estudante

Na boa, política é, e acredito que será até o fim da humanidade, um dos temas mais discutíveis em qualquer lugar e com qualquer pessoa... exatamente por isso eu vim aqui, agora, por meio desse blog, falar de 3 aspectos que eu não concordo e que são vigentes no nosso país.
           1° Nas eleições para
vereador, deputado estadual e deputado federal, como todos sabemos, é muito comum ver casos como o seguinte que aconteceu esse ano aqui no Rio Grande do Sul: Luciana Genro, do PSOL, recebeu 129.501 votos e não foi eleita Deputada Federal, enquanto Alexandre Roso, do PSB, conseguiu 28.236 votos e entrou para o congresso (Curiosidade: somando-se os votos dos dois candidatos citados e supondo uma eleição entre eles dois com base nos votos efetivados, Luciana teria 82% dos votos).
Essas "fatalidades" acontecem pelo simples fato de que o partido de Alexandre Roso é aliado político de algum outro partido maior que elegeu vários deputados, levando consigo pessoas com uma votação menos expressiva e o partido de Luciana, o PSOL, resolveu não se coligar a nenhum partido. (para entender melhor como funciona a entrada de pessoas no Congresso: CLIQUE AQUI )
O problema é que vivemos em uma DEMOCRACIA, algo que significa basicamente "povo no governo" ou "governo do povo", sendo assim, nada mais óbvio do que a população decidir por meio do seu voto quem deve ocupar a câmara de vereadores, congresso ou seja lá o que for! Outro fato relevante é que, obviamente, os deputados e vereadores que conseguiram se eleger aprovam essa política que nós, eleitores, consideramos suja e anti-democrática, e como são eles, e só eles, que têm o poder de retificar as leis, eles nunca o farão. Porém, infelizmente, aqui no Brasil as pessoas (de um modo geral) tem a cultura do comodismo (possível assunto de um próximo post) e por isso prefere ficar sentado no sofá vendo novela a ir em busca daquilo que julga certo para consertar o buraco que essa pseudodemocracia em que vivemos faz (me incluo nesse grupo de idiotas).
             2°Os cargos públicos são EXTREMAMENTE banalizados. Eu sinceramente pretendo algum dia na minha vida ir para a frente da câmara de vereadores de Porto Alegre bem cedo de manhã e sair bem tarde, quando a noite chegar, montar um tipo de um acampamento com barraca e tudo mais só pra ver quantos vereadores entram e saem e quanto tempo eles ficam lá dentro! E olha que é bem provavel que eles nem estejam trabalhando lá dentro, e sim comendo bolacha e conversando com a secretaria. Talvez eu faça algum trabalho sobre vereadores pro colégio só pra servir de desculpa pra fazer entrevistas e "espionar" vereadores (vo pensa no caso e depois mostro aqui os resultados). Bom, continuando... só fazendo esse tipo de coisa eu vou poder provar uma coisa que eu já suspeito desde muito cedo. Acho que assim como os nossos pais, quem trabalha em cargos públicos deveria SIM bater ponto e ter pelo menos um coordenador... seilá, alguém que pelo menos dedure o cara que não foi trabalhar há mais de um mês!!!
              3°Quando eu vejo a quantidade exorbitante de dinheiro que é gasto em propagandas eleitorais, seja de prefeito, presidente, qualquer coisa! Por exemplo, o teto (máximo que se pode gastar em campanhas eleitorais) de Dilma foi
R$ 191 milhões isso são 1.193.750 CESTAS BÁSICAS (conjunto formado por produtos utilizados por uma família durante UM MÊS. Este conjunto, em geral, possui gêneros alimentícios, produtos de higiene pessoal e limpeza). Ou seja, em vez de ficar atacando os adversários, fazendo promessas e produzindo adesivos, um milhão cento e noventa e três mil setecentos e cinquenta famílias que vivem na miséria poderiam ter um mês de estabilidade.
Obs1: não estou fazendo crítica à Dilma, usei ela como exemplo pelo simples fato de que foi mais fácil achar o dinheiro usado na sua campanha do que dos outros presidenciáveis.
Obs2: não sou contra, em hipótese alguma, acabar com as sessões de debates e a publicação de propostas para melhorar o país, pelo contrário, julgo importantíssimos tais (f)atos! Só não concordo com a utilização de tanto dinheiro destinado à propaganda política.
                  Não apenas reflita, filosofe.

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